Neste Blog apresentamos alguns dos eventos que abordam temáticas sobre o envelhecimento e a pessoa idosa. Referimos alguns uma vez que por enquanto não conseguimos ter conhecimento de todos os eventos realizados sobre estas temáticas. Entre outros objetivos pretendemos apresentar temas que começam agora a ser discutidos, quer no âmbito nacional como internacional, criando assim um espaço de discussão.
Desta forma, vimos por este meio informar que a petição pública "Por uma maior proteção dos idosos" deu entrada na Assembleia da República no dia 15 de maio e foi admitida pela Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho no passado dia 8 de junho.
Sucintamente, os signatários desta petição pretendem a "criação de uma comissão nacional para a proteção da terceira idade, bem como o lançamento de uma campanha de sensibilização a alertar a triste realidade do abandono e de maus-tratos contra as pessoas idosas.".
Em nome dos administradores deste espaço bem-haja ao Exmo. Sr. Dr. Tiago Landreias pela iniciativa de criar a petição.
Link para a Petição Pública http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N19925.
“O importante não é o tempo que se vive, mas quão bem se vive” Séneca
segunda-feira, 25 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
Congresso Internacional do Envelhecimento
No passado dia 8 e 9 de junho, no TagusPark, decorreu o Congresso Internacional do Envelhecimento e o simpósio de Medicina Geriátrica, organizados pela Associação Amigos da Grande Idade, Inovação e Desenvolvimento (AAGI).
O Congresso Internacional do Envelhecimento 2012, consistiu num espaço de debate e partilha de conhecimento e experiências no âmbito do envelhecimento, cujo objetivo principal fora promover a reflexão sobre questões emergentes com que a sociedade se depara em consequência do envelhecimento populacional. Facilmente percebemos que a reflexão deverá ser em áreas tão distintas como a sociologia, a enfermagem, a advocacia, a medicina, a assistencial social, a psicologia, a gerontologia, a fisioterapia, a comunicação social, entre muitas outras áreas da saúde e das ciências sociais.
Neste evento pudemos assistir à apresentação de cerca de 63 comunicações livres científicas e a exposição de 33 posteres, oriundos de Portugal, Espanha e Brasil, observando-se assim uma participação massiva de várias áreas do saber que intervêm no envelhecimento em âmbito nacional e internacional.
Por forma a não circunscrever no espaço e no tempo e difundir nacional e internacionalmente todo o conhecimento partilhado neste evento encontra-se no Livro de Resumos editado em E-Book, criado pela AAGI. Basta seguir para http://issuu.com/aagi-id/docs/ebook_the_future_of_aging_scientific_posters_and_c?mode=window&backgroundColor#222222.
Dos vários trabalhos apresentados, analisados e discutidos destacamos três por considerarmos que abordam questões emergentes com que a sociedade se depara atualmente - polimedicação na pessoa idosa - ou que, mais cedo ou mais tarde, se irá deparar - epidemia VIH/SIDA em pessoas idosas.
Verificamos que todos os temas são pertinentes, porém a temática VIH/SIDA ainda é um tema tabu apesar de ser uma das infeções sexuais mais temidas do século XX.
Enquanto pessoas interessadas por questões do envelhecimento vamos continuar a divulgar os trabalhos científicos que têm vindo a ser realizados, bem como as boas práticas desenvolvidas nas várias organizações de apoio à população mais experiente.
- No primeiro trabalho (página 91) as autoras pretenderam conhecer as vivências do cuidado a pessoas adultas idosas com VIH/SIDA, na perspetiva de profissionais de saúde;
- No segundo trabalho (página 103) as autoras quiseram conhecer as vivências de profissionais de organizações do terceiro setor no apoio a pessoas adultas idosas com VIH/SIDA.
- No terceiro trabalho (página 107) as autoras pretendiam estimar a prevalência da polimedicação e analisar as características socidemográficas, os estilos de vida e as condições de saúde numa população de pessoas idosas com mais de 74 anos de idade residentes no Concelho de Aveiro.
Verificamos que todos os temas são pertinentes, porém a temática VIH/SIDA ainda é um tema tabu apesar de ser uma das infeções sexuais mais temidas do século XX.
Enquanto pessoas interessadas por questões do envelhecimento vamos continuar a divulgar os trabalhos científicos que têm vindo a ser realizados, bem como as boas práticas desenvolvidas nas várias organizações de apoio à população mais experiente.
A OCDE recomenda o aumento da idade da reforma e o investimento nas poupanças reforma
A
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aconselha os
Governos a aumentarem, gradualmente, a idade da reforma para fazer face ao
aumento da esperança de vida, com o intuito de garantir que os sistemas de
pensões são adequados e acessíveis.
Durante os próximos 5o anos, espera-se que a esperança de vida ao
nascer aumente em mais de 7 anos, nas economias desenvolvidas. Assim a longo
prazo, a idade da reforma em cerca de metade dos países da OCDE será aos 65
amos, e em 14 situar-se-á entre os 67 e 69 anos.
O relatório 'Perspetiva das pensões 2012' refere que o aumento da
idade da reforma está em marcha ou a ser projetado em 28 dos 34 países da OCDE.
Relembra que os Governos deverão considerar a possibilidade e desenvolver
esforços para a promoção de pensões privadas, à semelhança do que acontece em
Dinamarca e em Itália.
"Derrubar as barreiras que impedem as pessoas idosas de
trabalhar para além da idade da reforma, será uma necessidade para assegurar
que os nossos filhos e netos possam desfrutar de uma pensão adequada no final
da sua vida profissional", declarou o secretário geral da OCDE, Ángel
Gurría.
O relatório explica que as reformas na última década têm reduzido
entre 20-25% o pagamento de futuras pensões públicas. Desta forma, as pessoas
que começam a trabalhar hoje podem esperar uma pensão pública líquida reduzida
em cerca de metade dos seus rendimentos. Nos 13 países em que são obrigatórias
as pensões privadas, o relatório mostra que os trabalhadores podem beneficiar
cerca de 60% dos seus rendimentos. Em contraste, em países, como a Alemanha, a
Irlanda, a Coreia, o Japão e os Estados Unidos, em que as pensões públicas são
relativamente baixas e pensões privadas voluntárias, espera-se que hajam
reduções significativas nos rendimentos após a reforma.
Com estes
dados em cima da mesa, a OCDE assegura que é fundamental o aumento da idade de
reforma e um maior acesso às pensões privadas, de forma de diminuir a lacuna
existente. Este aspeto também exigirá uma adequação dos impostos para
incentivar as poupanças reforma privadas.
Esta
primeira edição do Relatório de Pensões inclui uma avaliação abrangente dos
sistemas nacionais de contribuição. Entre outras recomendações, o relatório
argumenta que as contribuições para estes sistemas devem ser suficientemente elevadas
para que, juntamente com as pensões públicas, se giram rendimentos suficientes
para a reforma.
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