terça-feira, 12 de junho de 2012

A OCDE recomenda o aumento da idade da reforma e o investimento nas poupanças reforma


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aconselha os Governos a aumentarem, gradualmente, a idade da reforma para fazer face ao aumento da esperança de vida, com o intuito de garantir que os sistemas de pensões são adequados e acessíveis.

Durante os próximos 5o anos, espera-se que a esperança de vida ao nascer aumente em mais de 7 anos, nas economias desenvolvidas. Assim a longo prazo, a idade da reforma em cerca de metade dos países da OCDE será aos 65 amos, e em 14 situar-se-á entre os 67 e 69 anos.

O relatório 'Perspetiva das pensões 2012' refere que o aumento da idade da reforma está em marcha ou a ser projetado em 28 dos 34 países da OCDE. Relembra que os Governos deverão considerar a possibilidade e desenvolver esforços para a promoção de pensões privadas, à semelhança do que acontece em Dinamarca e em Itália.

"Derrubar as barreiras que impedem as pessoas idosas de trabalhar para além da idade da reforma, será uma necessidade para assegurar que os nossos filhos e netos possam desfrutar de uma pensão adequada no final da sua vida profissional", declarou o secretário geral da OCDE, Ángel Gurría. 

O relatório explica que as reformas na última década têm reduzido entre 20-25% o pagamento de futuras pensões públicas. Desta forma, as pessoas que começam a trabalhar hoje podem esperar uma pensão pública líquida reduzida em cerca de metade dos seus rendimentos. Nos 13 países em que são obrigatórias as pensões privadas, o relatório mostra que os trabalhadores podem beneficiar cerca de 60% dos seus rendimentos. Em contraste, em países, como a Alemanha, a Irlanda, a Coreia, o Japão e os Estados Unidos, em que as pensões públicas são relativamente baixas e pensões privadas voluntárias, espera-se que hajam reduções significativas nos rendimentos após a reforma.

Com estes dados em cima da mesa, a OCDE assegura que é fundamental o aumento da idade de reforma e um maior acesso às pensões privadas, de forma de diminuir a lacuna existente. Este aspeto também exigirá uma adequação dos impostos para incentivar as poupanças reforma privadas.

Esta primeira edição do Relatório de Pensões inclui uma avaliação abrangente dos sistemas nacionais de contribuição. Entre outras recomendações, o relatório argumenta que as contribuições para estes sistemas devem ser suficientemente elevadas para que, juntamente com as pensões públicas, se giram rendimentos suficientes para a reforma.

(Tradução da responsabilidade de Ana Neves)

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