domingo, 1 de março de 2009

ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA

O processo de transição demográfica em Portugal e um pouco por todos os países desenvolvidos caracteriza-se pelo crescimento exponencial da população adulta e idosa, alterando a pirâmide populacional dos seus países. Actualmente, o grupo etário dos idosos lidera o crescimento, ao contrário dos anos 60 onde era idêntico para todos os grupos etários. Segundo o INE, a evolução registada entre 2004 e 2005 na estrutura etária da população residente em Portugal (incluindo a região autónoma da Madeira e dos Açores) revela um acentuar do envelhecimento da população, com a relação entre a população idosa e a população jovem (Índice de Envelhecimento) a atingir em 2005, os 110, ou seja, mais um idoso por cada jovem em relação ao ano anterior. Este comportamento do índice de envelhecimento advém da diminuição do número de jovens e do aumento do número de idosos, tendo em consideração o decréscimo da taxa de natalidade e o aumento da taxa de emigração. A transição que vivenciamos foi acompanhada lentamente por uma melhor qualidade de vida devido à melhoria das condições sanitárias, médicas, alimentares, assim como a apropriada inserção das pessoas no mercado de trabalho.
Deste modo, e perante o processo de envelhecimento demográfico, a importância daqueles que a sociedade transfere para a margem do próprio sistema, não lhes reconhecendo qualquer utilidade social, aumenta. O envelhecimento demográfico vai, assim, ter efeitos perversos sobre o equilíbrio social. Não por aquilo que o caracteriza em termos demográficos, mas porque, inscrito numa sociedade em que predomina um modelo particular do ciclo de vida, vai agravar o peso daqueles que são discriminados socialmente em função de um critério discutível: a idade. No entanto, e porque o envelhecimento demográfico coloca um desafio à sociedade em geral, importa, através de uma reflexão multidisciplinar, orientar esforços no sentido de uma revisão profunda dos seus fundamentos, de modo que o previsível aumento dos indivíduos com idades mais avançadas não conduza a uma situação de conflitualidade e de exclusão social.
Por tudo isto e muito mais, verificou-se a necessidade de formar profissionais que tenham uma visão holistica do adulto com mais experiencia e anos de vida.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Ana!! Parabéns pelo blog. Fico muito feliz que os gerontólogos tentem dar a conhecer a nossa profissão. Pois os profissionais com quem trabalho eles ás vezes tinham muitas dúvidas e faziam muita confusão com gerontologia social. Desejo-vos muita sorte.

Helena Jorge